De volta à Pública.

«(...) Ocorreu-lhe pela primeira vez que se a tivesse encontrado em pleno inverno não se teria apaixonado por ela. Na verdade, nunca se apaixonara por ninguém em pleno inverno. Tirando os ursos polares e as mulheres muito perseverantes já ninguém se apaixona em pleno inverno. O inverno é uma estação adversa para a paixão. Talvez a paixão exija certa vacuidade, um abandono do espírito, uma suspensão temporária da inteligência, algo que o excesso de luz invariavelmente propícia.
Por último o silêncio não produz o mesmo efeito durante o inverno. No verão, sim, o silêncio dela parecia capaz de devolver certa harmonia à desordem das praias e das esplanadas. (...)»

José Eduardo Agualusa

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(...)Fobias

Botanofobia: medo de plantas
Clinofobia: medo de camas ou de deitar-se
Sofofobia: medo de aprender
Vestifobia: medo de roupas ou de se vestir
Bibliofobia: medo de livros
Eufobia: medo de ouvir boas notícias
Melofobia: medo de música
Cronomentrofobia: medo de relógios
Parakavedekatriafobia: aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante de sexta-feira dia 13
Eisotrofobia: medo de espelhos
Geliofobia: medo de gargalhadas
Métrofobia: medo de poesia
Olfatofobia: mede de cheiros
Pogonofobia: medo de barbas
Triscadecafobia: medo no número 13

[p.52]