Um intervalo publicitário ou um intervalo na democracia?

Manuela Ferreira Leite acaba de discursar no CCB, fazendo um balanço de quatro anos de governação socialista. Armas voltadas para alguns dos pontos que têm sido bandeira para José Sócrates, como as obras públicas.

Manuela atacou, Manuela disse que "Portugal precisa de uma alternativa de verdade, de rigor e de seriedade", afirmou que "há outra forma de fazer política" (com um intervalo na democracia?), Manuela acusou - "Portugal tem vivido numa espécie de intervalo publicitário" -, Manuela fez um dos seus melhores discursos nos últimos tempos (e dos mais aplaudidos), mas Manuela não consegue ser popular, e, o que é ainda mais preocupante, não consegue (ou se consegue ainda não o demonstrou) apresentar ideias claras para a alternativa de que fala.

Em todo o caso, mais vale um intervalo publicitário, mesmo que seja longo, do que um intervalo na democracia.